A prática do abandono infantil teve as suas origens na Antiguidade, entre os gregos e os romanos. Os pais das crianças abandonavam-nas na rua, apenas por não terem como objectivo terem filhos ou porque ter um filho implicaria mais gastos para a família. De um modo geral, estas crianças eram acolhidas por outras famílias e eram vendidas, usadas como escravos ou, ainda, utilizadas como “objecto” de mendicância.
Na Idade Média, sob a influência da Igreja, as crianças abandonadas começaram a ser assistidas em alguns hospitais da Europa.
No século XIII foi instalada, em Itália, a primeira Roda dos Expostos, que consistia num “sistema com dispositivo giratório de madeira, semelhante a um cilindro, o qual tinha uma janela que permitia que a criança fosse deixada na Instituição, sem que o depositante fosse identificado”.
Com a censura do aborto e do infanticídio, na Idade Média, a abandono infantil aumentou, especialmente quando as mães eram mulheres “ilustres”.
Em Portugal, a problemática do abandono de crianças apenas foi um objecto de maior preocupação, por parte do Estado, desde o século XVI.
Ao longo do século XIX, o Estado começou a ter um papel mais activo relativamente à ajuda atribuída a crianças e adolescentes que foram abandonados.
No entanto, é importante ter em consideração que, durante o século XVIII e a primeira metade do século XIX, milhares de crianças continuaram a ser abandonadas por toda a Europa. Face a este abandono constante de crianças, Portugal iniciou várias práticas assistenciais específicas e variadas contra a problemática do chamado “abandono infantil”.
Ao longo do tempo o número de Instituições de acolhimento de jovens que foram abandonados foi crescendo, sendo que actualmente existem várias Instituições, em Portugal, que têm como fim acolher estes jovens abandonados.
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