Um relatório da Comissão Europeia aponta Portugal com um dos oito países europeus com maior nível de pobreza infantil. A pobreza infantil tem vindo a aumentar nos países ricos, em Portugal, atinge uma em cada seis crianças.
Portugal, também faz parte da lista dos que viram a condição infantil degradar-se desde a década de 90 (a pobreza entre as crianças aumentou 3,2 por cento). De resto, em 17 de 24 países da OCDE para os quais há dados, as taxas de pobreza infantil subiram desde o início dos anos 90. Apenas a Austrália, Noruega, Reino Unido e Estados Unidos apresentam melhorias significativas.
Dados do Eurostat recentemente divulgados referiam que em 2008, 23 por cento das crianças portuguesas até aos 17 anos eram pobres. Em Maio de 2009, 42 por cento dos beneficiários do rendimento social de inserção estavam neste escalão etário que, e o dado é relativamente novo, é também um dos mais atingidos pelo “risco de pobreza”.
A taxa de pobreza infantil em Portugal é de 16,6% em 2011, um valor superior à média dos países da OCDE (12,7%) e a oitava maior do grupo, refere um estudo da Organização.
Para a generalidade dos países da OCDE, as crianças que vivem em famílias monoparentais em que apenas um adulto aufere rendimentos tendem a ter taxas de pobreza mais elevadas do que as que vivem em famílias duo-parentais.
Este número é muito elevado, e tem rostos e esses rostos reflectem vivências de negligência, de abandono, de violência, de carência económica. Reflectem um fraco investimento nas novas gerações e a incapacidade em quebrar os ciclos de pobreza. Por consequência conduz a uma incapacidade em criar medidas de política eficazes que minimizem os danos causados por uma infância marcada pela pobreza. Portugal ainda não conseguiu, por muito que seja o investimento do Estado nesta área, debelar os números da pobreza infantil que são mais elevados dos que se referem a taxa de risco de pobreza que se situa agora nos 18%.
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